quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Realidade Alternativa?

Guerra Fria.
Um estado de tensão que cortou a respiração ao Mundo durante quase 4 décadas, opondo o Bloco Comunista, liderado pela URSS, às nações capitalistas encabeçadas pelos USA e países da Europa Ocidental (UE) que formaram a NATO (North Atlantic Treaty Organization), tratado este em que quando um país pertencente à NATO fosse atacado, os outros responderiam de imediato.
Isto formou nos países ocidentais uma força militar poderosa, com intuito de contrariar os países do Pacto de Varsóvia, o equivalente de leste à NATO.
E se, em 1989, quando a URSS se encontrava em colapso iminente, os seus líderes, em vez deixarem cair o gigante soviético à falha social, política, económica, e ideológica, decidissem por cobro à Guerra Fria, lançando uma ofensiva em massa à Europa Ocidental, e quem sabe, aos próprios USA.
Este era o plano dos soviéticos, desde do inicio da guerra fria que foi traçado assim, uma ofensiva em massa, apoiada nos números, que simplesmente passa-se por cima das defesas da NATO...
Quem ganharia, não sei, mas a a 3ª Guerra Mundial daí resultante seria terrível, a uma velocidade de combate e eficácia de níveis nunca antes vistos.
É um bom exercício mental pensar nisto.
Hoje em dia, cada vez mais com a crise económica generalizada a nível mundial, quem sabe...quem sabe se a guerra em larga escala, se os antigos medos e receios já esquecidos há quase 20 anos, não voltam...

...Espero sinceramente que não...

Se em 1989 a URSS tivesse atacado, o uso de tropas aerotransportadas (blindados inclusivé), com o objectivo de fazer bypass a posições defensivas mais custosas e de capturar alvos estratégicos mais rapidamente seria algo deste género:



O vídeo é do jogo (excelente) World in Conflict , a música chama-se Polyushka Polye e é cantada pelo coro do exército vermelho.
Ah, e já agora podem-me oferecer pelo Natal o T-80U que aparece no final do vídeo (sim, o tanque).

Até à próxima maré alta!

domingo, 5 de outubro de 2008

Is There Anybody Out There?



Será que está alguém aí?

Foi a frase que lhe assolou o espírito assim que se sentiu consciente, ao despertar.
Acordou envolto num frio difícil de explicar, deixou-se estar.
Pensou.
Pensou no Amor.
Essa ideia cada vez mais distante, mais abstracta, impossível de alcançar. Havia dias, dias como aquele em que a dor falava mais alto e o vazio engolia o resto, conseguindo extinguir e sobrepor-se até à mais intensa vontade de amor.

Queria apaixonar-se, perder-se de novo, ser recebido com um abraço aberto.

"Is There Anybody Out There?" disse-lhe a música dos Pink Floyd que passava no PC, e ele pensou no mesmo...será que está aí alguém?

Caiu mudo na cama, numa casa deserta pela manhã, só ele e a sua música.
Fechou-se nos seus pensamentos, deixou os sentimentos saírem cá para fora....e por momentos, quase que podia jurar que sentiu uma mão afagar-lhe a cara....

By Russo

sábado, 20 de setembro de 2008

Encontrei um poema, da autoria de Wanderson Pereira, que me define na perfeição....tudo o que sinto...ora cá vai:




"Procuro alguém que fique comigo
Alguém que nas noites frias vai me abraçar
Alguém que quando eu acordar pensando nela, ela venha me procurar sem que eu diga nada a ela, apenas porque ela sentiu que pensei nela
Procuro alguém pra quem eu possa me abrir
Alguém com quem eu possa passar as tardes cinza de domingo
Alguém que quando eu estiver triste possa me acalentar
Procuro alguém que mesmo brava comigo quando eu errar no fim me diga: Eu te Amo
Procuro alguém com quem eu possa compartilhar meus momentos de alegria
Alguém que apenas me abrace quando eu sentir dor, sem nada questionar
Procuro alguém que quando souber que irei vê-la sinta um frio na barriga
E que quando estiver com ela faça meu coração bater acelerado, minhas mãos suarem, e sentir um calor estranho na barriga.
Procuro alguém que toda vez que tocar em mim eu me arrepie
Alguém que eu possa olhar em seus olhos e descobrir o significado do Amor
Procuro alguém que me ligue apenas pra dizer “Estou pensando em Você”
Alguém que me manda mensagens à noite apenas pra dizer “Amo Você”
Procuro alguém que toda vez que eu fechar os olhos possa sentir suas mãos em mim
Alguém que nunca vai me trocar... por nada....
Procuro alguém... no qual eu seja uma das coisas mais importantes
Alguém por quem vou abrir mão de tudo se for preciso
Procuro alguém diferente
Alguém que brigue comigo e me diga que estou errado
Alguém que mesmo sabendo que erro não deixara de me amar
Procuro alguém que quando me abraçar eu possa sentir nossos corações em apenas um ritmo
Procuro alguém que mesmo quando eu me canse de procurar vai me achar
Alguém que vai mudar minha vida
Procuro alguém que eu possa fazer feliz
Alguém que passe horas olhando para mim
Que me proteja, que me de colo
Procuro alguém que seja minha
Procuro por alguém que ainda não encontrei
Procuro por alguém que quando eu olhar para ela pela primeira vez eu sinta que será com ela com quem irei passar o resto de meus dias
Procuro alguém que mesmo quando eu desacreditar no amor vai me abraçar com ternura
Alguém que eu vou poder contar
Alguém que seja meu porto seguro
Procuro alguém
Alguém que ainda não encontrei"


Poema da autoria de Wanderson Pereira.

By Russo

domingo, 7 de setembro de 2008

Peões


Descobri hoje
O que já sabia há tempos
Somos todos peões
Neste grande tabuleiro
A quem chamam relações
Já fui Rei
Agora não tenho Roque
Também fizeram de mim bispo
Numa diagonal
Acabei por sair
Continuo à espera pacientemente
Como num jogo de Xadrez

É caso para dizer...
Cheque mate...outra vez.


Às vezes só quando paramos, nos afastamos e olhamos para alguém com olhos de ver, reparamos que por vezes as pessoas não nos interessam mesmo, por vezes são interesseiras, mentem, são fracas, ignorantes e gostam da sua ignorância, ou porque simplesmente são diferentes.
A vida é mesmo um grande xadrez, à que saber jogar...

...eu ainda estou a aprender.

Russo

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Musica ... faz sempre bem...

magnet - the day we left town. não sei bem o porque desta musica.. mas causa em mim algum efeito.. ainda não descobri se é um efeito positivo ou negativo.. mas não consigo deixar de a ouvir.


the kooks - naive. esta musica poe-me contente...


ana moura - aconteceu. faz lembrar o passado...


postal service - against all odds. vinda directamente do film wicker parck, que aconselho a verem.. gosto da musica simplemsnete pela musica...
*greg


quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Às Vezes





Às vezes sinto que não vale a pena
Às vezes sinto que tudo o que é Mundo me desilude
Às vezes perco o gosto e a cor
Às vezes pergunto-me se a vida realmente será boa, e qual será o seu sabor?
Às vezes as pequenas coisas já nada me dizem
Às vezes já nem os eternos sonhos me deslumbram
E por vezes...até a música fica muda.

Ás vezes sinto que sou um palhaço triste num circo em que todos se riem se olhar...
Pois aqueles que surgem acabam sempre por desiludir
E aqueles que estão para surgir...cada vez mais sinto que não hão de vir

Russo

quarta-feira, 30 de julho de 2008

De Volta


HELLO! Bem, vocês devem de estar chateados comigo! O Guerreiro não postava à quase um ano, qualquer dia sou "excomungado" (com respeito à diferença religiosa)! 

Pois é meus caros leitores.. eheh o Guerreiro voltou e agora espero escrever mais, e com mais regularidade. Como disse a cara Greg, será díficil chegar à altura do Russo e da Vanessa, mas vou tentar. Já disse ao Baião que ele ia ficar arrasado com os meus posts!, lol, brincadeirinha. 

Nem sei bem do que vos falar, a minha vida deu tantas voltas nestes últimos tempos... xxiiii, não queiram ter estado no meu lugar. Mas, o balanço é positivo! 

Pois é, para quem não sabe desisti dum Ensino Clínico, estágio para a linguagem corrente. Foram as dúvidas que nos invadem de vez em quando e pronto não resisti e fui me abaixo. Por isso resolvi fazer uma pausa na minha vida. Como todas as pausas, teve pontos positivos e negativos, mas os positivos são mais que os negativos. Fiz um balanço de toda a minha vida e percebi que estou no curso certo e que agora vou voltar com muito mais determinação e vontade de vingar na vida! , aconselho toda a gente a fazer pausas na vida, desde que bem ponderadas. Aos meus amigos, desde já, peço desculpa pelo afastamento, mas foi necessário. 

Bem já fiz uma introdução do estado da minha vida, mas ainda nem sei bem do que vou falar, lol. Pensei no amor, nos amigos, na família, mas não... Embora esteja um bocado down, sinto me com uma energia brutal de viver, de aproveitar até ao último minuto, tirar o que é de bom de todos os momentos, reencontrar amigos, aproveitar os tempos com a família, estar com quem queremos e gostamos e realmente perceber de quem gostamos e queremos e nos fazem falta. 

(vocês devem estar a achar um bocado estranho o meu post, porque não tem uma linha orientadora... lol, têm de experimentar este exercício que estou a fazer, estou a escrever e a ouvir vários tipos de música, electrónica, rock, pop, clássica, etc, e consigo atingir vários estados de espírito enquanto escrevo!, sou um bocado esquisofrénico eu sei!)

Por falar em esquizofrénico, ultimamente tenho aprofundado o meu conhecimento sobre uma figura que admiro profundamente, um pintor, escultor, ourives, etc surrealista de nome Salvador Domingo Felipe Jacinto Dalí i Domènech, é ele a base de toda a minha inspiração, e porquê? Para terem uma ideia Dalí era um alucinado, no sentido positivo da palavra, quem ler um pouco sobre ele facilmente perceberá isso. Primeiro enfrentou tudo e todos para sempre conseguir o que quis na vida, enfrentou o pai, foi posto fora de casa, mas sempre fiel aos seus ideiais, e conseguiu uma coisa extraordinária, amar como nunca ninguém amou alguém. Gala a sua mulher acompanhou-o a maior parte da sua vida e era ela a base de toda a sua inspiração ele fazia questão de colocar em todos os quadros um bocadinho de Gala, é fantástica a forma como o faz! Adoro!  
Para falar de outra personalidade que tenho admirado, um fotografo de nome David LaChapelle, ele é um fotografo e realizador norte americano, que já fotografou uma grande parte de icones mundiais, falamos de personagens como, Madonna, Cameron Diaz, Ewan McGregor, Cher, Marylin Mason, Uma Thurman, entre outros. Porquê ele, porque também é um saudável alucinado e também fiel ao que defende e apoiante de várias causas.  Há pouco tempo realizou um filme de nome Rize sobre os duelos de danças dos bairristas negros de NY. É também um defensor da causa gay. E faz questão de chocar o mundo com as suas composições fotográficas e cinematográficas, imaginem o Elton John com ovos estrelados nos olhos por exemplo. 

Não falei destas duas personalidades ao acaso, acho que são mentes destas que fazem falta ao mundo pessoas que choquem que façam a diferença, que através do seu trabalho, seja arte, seja economia, seja investigação, seja o que for, mudem mentalidades e mudem comportamentos. Fica o alerta e espero que gostem das personalidades! 

Desde já ponho aqui alguns links e imagens para ficarem aliciados para pesquisarem sobre eles: 
http://www.davidlachapelle.com/
http://www.salvadordalimuseum.org/home.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/David_LaChapelle
http://pt.wikipedig/wiki/Salvador_Dalí




De cima para baixo: Foto de Salvador dalí, em segundo Jovem autosidomizada, por salvador dalí, em terceiro, (a senhora que quero descobrir o nome) por david lachapelle e por fim Elton john por david lachapelle.

terça-feira, 29 de julho de 2008

De novo...

Tenho a dizer que estou com algum receio de postar... pois a qualidade dos post está a aumentar consideravelmente, e tenho a certeza que não estarei á altura.. sim porque ja nao escrevo á mais de um ano... e sejamos sinceros... nunca escrevo nada de jeito..
E isto de eu não escrever tem que se lhe diga... pois só me dá vontade de escrever quando estou realmente triste... não é fácil..
Quando escrevo tenho de pensar muito... e por vezes pensar muito não é a opção mais "saudável", fico ainda mais deprimida...
Tenho medo de analisar a minha vida, pois sei que vou encontrar-me de novo com os meus medos e receios, e não que a vida me corra mal.. mas niguem gosta de reaver os proprio podres... Portanto eis a grande razão de não escrver..
Mas hoje é diferente, hoje cresci... hoje tento ser melhor pessoa que ontem.. e amanhã ainda serei melhor que hoje.
Encontrei algum sentido para o que acontece... o meu "segredo"...
Já não fico triste com tudo e com nada.. acredito que tudo acontece por alguma razão especifica, mais não seja para nos abrir olhos.. e se nada de nada acontecer, acredito que o universo está está a trabalhar para que quando algo aparecer, ser algo em grande.. que compense os tempo de espera... e que tempos de espera... (acho sinseramente que brevemente vou ganhar o euromilhoes.. pois com o tempo que tou á espera... :P)
Hoje nao tento esquecer o passado.. simplesmente arrumo-o em uma gaveta... sei que está lá e quando quiser vou lá buscá-lo.. mas só mesmo quando preciso.
Hoje olho mais para mim, não exageradamente ao ponto de ser egoista, mas só estando bem comigo consigo dar o melhor de mim aos outros...
Claro que continuo na minha busca eterna para ser o outro lado do post do baiao... e isso nunca há-de mudar, pelo menos assim o espero!
Afinal de contas e como digo frequentemente "o que me tem de ser tem muita força", portanto o que me estiver destinado aprecerá, nem que tenha 80 anos.. portanto aguardo ... sem criar espectativas, pois quando vem de supresa sabe ainda melhor... hummm
Desta forma consigo viver a vida mais intensamente e acreditem.. sou muito mais feliz..

*Greg

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Cartas para Alguém


Tenho saudades tuas.
De te poder abraçar sem te largar, apertar-te contra mim com força, como quem agarra a própria beleza do Mundo no seu colo, como quem segura a chave para a felicidade.
Sinto falta de te beijar, quando nos voltamos a ver? Nunca é demais ver-te, nunca é demais querer-te.
Agarra-me e não me deixes cair, não me atires de volta à realidade.
Partilha as tuas fraquezas e tristezas comigo, inunda-me com o teu sorriso e as tuas alegrias, conta-me a tua vida e tudo aquilo que és, de trás para a frente, vezes e vezes sem conta.
Já te disse que adoro o teu jeito?
Perco-me quando passas as mãos na minha face, quando me beijas, beijas-me sem eu te pedir, isso é fantástico sabias? Eu sei que sim, para ti é normal, para mim é uma dádiva.
Tu olhas-me nos olhos, e agarras-me sem medo, eu sinto que me queres, é tão bom, tão novo...promete-me que nunca vai acabar.
Eu dou-me a ti, como sou, não preciso de mudar nada, e tu aceitas-me e dás-te, fazes-me sentir completo, tu, tu, tu...
Também amas o Mar, e mostras-me outros mundos que eu não conhecia, adoro tudo o que há em ti, adoro que nunca te canses de amar e que me peças sempre, que me queiras sempre, que precises de mim! Eu preciso de ti...
Do teu toque, do teu cheiro, do teu sorriso, desse charme que a cada passo me deslumbra...
Eu preciso de ti, porque eu Amo-te e quero Amar-te ainda mais, quero partilhar a minha vida contigo...promete-me que te vou ver em breve, este fogo arde sem se ver, e começa a queimar-me de saudades...



Por onde andas?
Quem és? Já te vi?
Não te demores muito mais...a Vida vai passando gota a gota, corte a corte...eu vou seguindo com as forças que tenho, mas dói...



Russo

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Num dia qualquer


Sentou-se, e pediu um café.
Deu-se num dos maiores cafés da Capital, numa das ruas mais movimentadas, entreteve-se a observa a multidão.
No entanto a ideia de que estava ali sozinho teimava em deixa-lo respirar por um momento, sentia-se diferente da esmagadora maioria de casais, ou grupos de amigos que estavam naquele sítio, a aproveitar mais um solarengo dia de Verão.
Apetecia-lhe partilhar as suas histórias com alguém.
Os seus olhos poisaram numa rapariga jovem, provavelmente teria a sua idade, e que, para seu espanto estava ali também ela, sozinha.
Mas porquê?
Distraído ao pensar nos "porquês" foi apanhado no olhar da tal rapariga, os seus olhos giraram rapidamente tentando parecer que tinha sido o acaso. Mas tarde demais...
Quando deu por si, era ela que olhava na sua direcção, levantou-se...
- Olá, posso-me sentar?
As palavras saíram-lhe de rompante, atabalhoadas e descoordenadas.
- Err Sim Sim, claro podes!
- Hm...posso saber porquê?E já agora como te chamas?
A que ela respondeu uma naturalidade que o impressinou
- Isso importa?
- Não, quer dizer importa, ou de-
Ela cortou-lhe a palavra rapidamente
- Importa realmente??
- Err..acho que não.
- Estava ali sozinha e apeteceu-me conversar com alguém, dias como estes devem ser partilhados não é? Não te conheço de lado nenhum, mas isso não importa, afinal não temos nada a perder não é?
- Sim acho que sim, é que não tou habituado a ser..err..abordado? Desta maneira, pensava que só nos filmes é que alguém conhecia alguém assim.
- A vida é um filme...então que fazes aqui?
- Nada, vim dar uma volta, vim conhecer Lisboa.
Mas quem era esta personagem, não me conhece de lado nenhum e faz-me perguntas com as maiores das calmas...
No fundo até estava a gostar da sua companhia.
- A sério? Eu conheço bem Lisboa, como a palma da minha mão, gosto de todos os seus cantinhos secretos, ás vezes venho passear pelo que já conheço, faz-me sempre sentir bem, e nunca me canso!
- Eu vim à procura desses mesmos sítios, já agora o meu nome é
Mais uma vez cortou-lhe a palavra.
- Isso não me interessa para nada, não preciso de saber o teu nome, aproveita a tarde, queres conhecer Lisboa, conhecer o que eu mais gosto?
Riu-se...
- Bem, porque não?
Passearam, cruzaram olhares,as mãos, beijaram-se, dois estranhos num mundo ao contrário, esqueceram o tempo e as regras e fizeram aquilo que muitos ambicionam e não alcançam, perderam o medo...e foram felizes....num dia qualquer.

Russo.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Charysma



Um vídeo/documentário sobre a banda Charysma, da qual eu e a Vanessa somos membros, eu sou guitarrista e Vanessa vocalista, enjoy!

Russo

Rock On!

sábado, 19 de julho de 2008

Testemunhos


Chegou à estação dos comboios, como já era habito, depois de uma viagem de autocarro que detestava, mas que até nem se importava muito, a música do mp3 sempre ajudava.
Era um daqueles dias de Primavera que ainda trazem o Inverno de mão dada.
Céu cinzento e a ameaçar tempestade, mas com algumas abertas que deixavam entrar a luz do Sol do fim da tarde como se vitrais de uma catedral se tratassem.
Atravessou o hall principal e as escadas rolantes até ao apeadeiro, como já era hábito deu-se no meio de uma multidão de gente apressada, de todos os diferentes feitos, já faziam parte daquela rotina, ele não...ele ia sempre devagar.
No fundo não queria ir ter com ela, passavam-lhe sempre os mesmos os mesmos pensamentos e sentimentos, as mesmas ilusões.
Naquela estação criava-se sempre as mesmas expectativas, que hoje seria diferente, que seria recebido com carinho e amor verdadeiro, como ele sempre sonhara, e não com laivos de desprezo e desatenção.
Não era mais do que um castelo de areia feito à pressa para rapidamente derreter nas ondas do Mar.
Sentou-se enquanto se fazia horas para o comboio partir, o Sol já se escondia lá longe no Oeste, deixando o dia envolto naquela luminosidade mágica que ele adorava, tudo se resumia a contornos, a formas, os detalhes que fazem alguém feio ou bonito perdiam-se...
Fitou a linha férrea que ia em direcção a Norte, a Lisboa, pareceu-lhe imensa, infinita até, poisou então os olhos no display afixado por cima da linha: - "Roma-Areeiro" dizia, era a paragem final daquele comboio.
"Não é onde vou sair..." pensou ele.
Achou-se fraco, no fundo apetecia-lhe explodir e dizer toda a verdade, como se sentia, como queria amar e ser amado, e que afinal não era bem essa a sua realidade e que vivia numa mentira, claro que ele sabia que lentamente ele caminhava para o fim desse "amor", que definhava aos poucos, como uma árvore que deixa de chegar à água.
Voltou a olhar para o display...
"Por vezes as paragens onde a vida nos traz, não são o nosso destino final.." disse para si mesmo em voz alta. A frase soou-lhe bem na altura.
Não podia estar mais certo...

Continua à procura da sua paragem final, do Amor, do seu grande Amor, e da felicidade e paz.
Um dia...chegará...

Russo

Até à próxima Maré Alta

terça-feira, 8 de julho de 2008

Ao raiar do dia...




Assim que o Sol nasce, e desperto de um sono ganho a custo, ainda entorpecido lembro-me aos poucos...
Sinto as suas garras cruzarem o ar para me envolver.
Dou comigo sem como fugir, preso, sufocado.
O meu coração dispara, a angústia apodera-se da pouca coragem que a madrugada deixava existir...
Como um animal preso nos anéis de uma piton, vou perdendo o ar lentamente..
...Até que tudo o que me rodeie, tudo que os meus olhos leiam, sejam apenas tristezas e um negrume de solidão...


Ass: Russo

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Hoje...


....Encarei a morte de frente, e o sofrimento de tal ordem, que faz alguém querer partir à força.
Hoje dei as mãos à última centelha de esperança de alguém que vai partir em breve, disse-lhe adeus, mas prometi que amanhã voltava para me despedir. Talvez já vá tarde.
É em dias destes, em que outras coisas correm mal, e nos sentimos fechados dentro de uma caixa que se aperta, sem sítio para onde fugir, que os pequenos gestos ganham significado..
Talvez sem consciência disso mas por vezes esses pequenos gestos são de tal maneira importante, tão fortes, que afastam o negrume de todas as coisas más, e roubam-me um sorriso...que eu de bom grado entrego.

A todas essas pequenas coisas...

...Que nos dão força para mais um dia.

Até à próxima maré alta!

Ass: Russo

quarta-feira, 11 de junho de 2008

No fim do Mundo


Um arrepio.
Era apenas o que ele sentia naquele momento.
Sozinho na ponta do Mundo, naquele sítio, onde a Terra acaba e o Mar começa, aquele lugar medonho, onde as vagas queriam engolir tudo o que tivesse ousadia de ser.
O Sol tinha deixado de brilhar, ali apenas uma ténue luminosidade se atrevia a fazer ver entre a névoa salgada que o Mar cuspia pelas rochas acima, como um gigante enraivecido.
Sentiu-se só.
Até o próprio medo tinha saído daquele lugar, daquele momento, ele quase que podia sentir o tempo a parar como aquele arrepio que lhe subia pela espinha....que o tentava colar à Terra...seria a gravidade? O que seria? Talvez o Mundo que ele achava que conhecia não passa-se de um sonho demasiadamente elaborado, vez e vez sem conta...
Essa força inundou-o, não fez um esforço para a mandar embora, deixou-se absorver, consumir por ela. O Tempo deixou de ser Tempo, os ponteiros até poderiam andar para trás, ele deixou-se estar, naquela paz assustadora, desesperante, naquele gelo que lhe toldava as ideias, que o anestesiava.
A Luz começava pouco a pouco a ceder, o Breu iria ser senhor daquele sítio no fim do Mundo dentro de poucos momentos.
Ele deixou-se estar, estava demasiado cansado para sair dali, estava demasiado cansado para sentir ou para se preocupar.
Um relâmpago riscou o Céu, para o lembrar que estava vivo, e que esse sentimento de inexpugnabilidade não era para ele, não era para aquela altura.
Abriu os olhos.
Deixou-se estar, a fitar e a perder-se no negrume que pairava por cima dele como um martelo dos próprios Deuses prestes a desabar em cima daquele sítio, no fim daquele Mundo.
Imaginou uma companhia, um anjo vindo de outro mundo qualquer, e que se senta-se junto dele.
Imaginou, imaginou, imaginou....mas por fim a noite caiu, dilacerando até essa última e desumana réstia de esperança.
Levantou-se, beijou a chuva que agora fustigava aquele sítio esquecido pelos Homens, bebeu dela, e seguiu o seu caminho, de volta a um Mundo que apesar de não ser o dele, era onde pertencia....


Ass: Russo

terça-feira, 10 de junho de 2008

...Conter.


As palavras ganham novo significado, quando durante a nossa vida descobrimos que vivemos, ou fazemos algo que corresponde a uma palavra que nunca nos passou pela cabeça que passasse a ser tão importante, nem que seja temporariamente na nossa vida.
Assim me sinto, descobri uma difícil e dolorosa aprendizagem, ou processo de aprendizagem.
Existem sentimentos tão grandes, tão fortes, que achamos tão belos e puros que até nos revolta ter que os conter...pelo menos eu sinto-me assim.
Não é ir contra todos os princípios pelos quais tantas vezes batemos com a mão no peito? É.
Apetece-me não me conter mais, apetece-me explodir, envolver-me pelo que sinto, deixar que o sonho comande a minha vida como sempre fez, essa sensação inebriante de ser levado, de passar para o real aquilo que dantes apenas podia ser imaginado.
Mas não.
Estou a aprender que às vezes, temos que domar todo esse turbilhão de emoções ou sentimentos, para bem dos outros, para o nosso, para o de ambos.
Se sou capaz? Não sei, não me importo muito em saber, por vezes sinto-me como se agarrasse uma lâmina e aperta-se com as minhas mãos com toda a força que me resta, é esgotante é verdade.
Valerá a pena? Não sei, mas tenho que tentar não é...
Talvez no fundo haja coisas indomáveis, e o coração e o Amor sejam uma delas, comigo andam de mãos dadas, para meu bem, e mal.
Entretanto tenho que me ir aguentado, não deixar que esta vontade de dar, esta intensidade de viver faça mal a quem gosto, ou a mim.
Tu amiga, sabes bem como é....
Mas ás vezes é difícil lutar contra aquele frio, contra um olhar que lanço e me escapa sem que eu me aperceba...torno-me outra vez num livro fácil de ler.
Estou a precisar de férias, de paz, de Mar, de sal e Sol. E estou a precisar de ti, e daquilo que tens para me dar.

Hoje tinha mesmo que escrever, já sentia aquele arrepio característico que desce pela nuca abaixo e nos agarra e envolve, é o sinal que é altura para escrever.

Até à próxima maré alta.

Ass: Russo

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Saudades, Liberdades, Verdades...


Por vezes passa tão pouco tempo. E isso basta para que nos aperceba-mos que algo ou alguém nos é realmente importante. A minha amiga foi a África, ela afinal de contas é a África, com toda a sua paixão de viver e o seu bom coração. Foi livre e por lá irá ver outras verdades desta vida, aproveita-a Vanessa.
Entretanto dou comigo desapoiado. Onde está agora a pessoa com quem falo sempre? Onde está agora o meu "anjo da guarda"?
A quem conto eu agora as minhas ansias, os meus medos, a minha vontade de amar e de querer, todas essas coisas que se engolem e consomem umas ás outras bem dentro de mim.
É verdade amiga, vou ter que me aguentar sozinho, será uma aprendizagem, irá fazer-me bem, faz-me falta.
Sabes todos os meus segredos, também o ela o sabe amiga, também o ela o sabe...
Também ela sabe aquela parte de mim, que escreve quando tem que escrever, aquela parte de mim que transborda num turbilhão de sentimentos , e que desaba pelas falésias onde passo parte do meu tempo abaixo.
Mesmo que por vezes ela veja apenas números e figuras, equações e destinos que podem ser adivinhados, calculados e atingidos, já lhe vi o brilho nos olhos também. E acredita, agarrou-me bem dentro de mim todos aqueles sentimentos indomáveis.
Ela já me viu sonhar, tal como tu.
Achas que lhe deva oferecer as rosas perfeitas?
Por vezes parece-me bem, ela ensina-me uma coisa que eu já tinha esquecido, e que só contigo era capaz de fazer até à bem pouco tempo sabes.
Ela ensina-me a rir, aos poucos eu vou aprendendo, mas com ela é tão fácil, tão espontâneo.
Estejas onde estiveres, aproveita, terei certamente coisas para te contar, boas, terão que ser boas, e tu traz um bocado de África para nós que ficamos na Velha Europa, neste castelo do Mundo.
Nos dias em que me sentir magoado, nos dias em que me espetar sem querer nos picos daquela rosa, não me irei virar para ti, vai ser um desafio, mas vou ter que me aguentar pelos meus próprios meios.
Mas sim, tu sabes, tu sabes que tal como eu, pensas que qualquer rosa vale a pena a dor que os espinhos que nos podem dar, o que é isso comparado com o toque das suas pétalas? Ou o seu perfume?

Até Junho, e lembra-te traz-me um pouco de África, dessa África selvagem para me dar coragem...que eu cá me fico, neste País onde a terra acabada e o mar começa.

Ass: Russo

segunda-feira, 28 de abril de 2008

sexta-feira, 28 de março de 2008

Gravidade

Oiçam...parem, pensem, sintam-na.



Baby,
It's been a long time coming,
Such a long, long time.
And I can't stop running,
Such a long, long time.
Can you hear my heart beating?
Can you hear that sound?
Cause I can't help thinking
And I won't stop now

And then I looked up at the sun and I could see
Oh, the way that gravity pulls on you and me,
And then I looked up at the sky and saw the sun,
And the way that gravity pushes on everyone,
On everyone.

Baby,
When your wheels stop turning
And you feel let down
And it seems like troubles
have come all around
I can hear your heart beating,
I can hear that sound,
*but* I can't help thinking.
And I won't look now.

And then I looked up at the sun and I could see
Oh, the way that gravity pulls on you and me,
And then I looked up at the sky and saw the sun
And the way that gravity pushes on everyone
On everyone
On everyone


By Russo

domingo, 9 de março de 2008

De volta à Música



Pois é, pelos vistos estou de volta à música.
Já tinha saudades de tirar o pó à minha amiga de bons e maus tempos, afiná-la, ligá-la ao amp e dar-lhe gás.
A nossa amiga Vanessa (e que voz que ela tem!Blues Godness!) também faz parte do projecto....vamos ver onde isto vai parar..eheheh! Rock On!


By Russo

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

O velho Poeta



Meu velho amigo
Quem te cravou essas rugas no rosto
Batalhas de amores perdidos por quem sonhas-te
Quem te levou esse sorriso
Esperanças que já não voltam, que a Maré te roubou
Quem te fez esse doce olhar em Sal
Memórias que não voltam, que o Tempo te apagou
Quem te fez Poeta
Lírico ou sonhador
Neste Mundo que te sufoca
Neste Mundo que te pisa as asas
Neste Mundo onde esse Amor
Que sonhas-te
Não passa de uma ilusão, que já vai longe...
Mar adentro...

By Russo

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Toughtless

Eu sou tudo aquilo que não queres ser
Eu sou aquilo que temes em ser
Sonhador que aprendeu a sonhar com pesadelos
Poeta que deixou de saber rimar
Uma treva que teima em aclarar

Temes-me, tens receio de mim
Escondes-te na tua concha
Pois tens medo...medo de mim



Ass:Russo

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

À descoberta de um Porto Seguro

O dia começou bem cedo para o rapaz, o Sol teimava em romper, mas aos poucos mostrava os seus primeiros raios envergonhados que desbotavam num amarelo manso lá ao longe, onde o Oceano se dobrava, no sítio onde muitos chamavam de Horizonte, para ele, era apenas o ponto mais distante para onde conseguia olhar, e gostava de o fazer, perder-se por essa distância fora....Ficar a "sonhar" como alguns lhe chamavam.
Olhou para baixo, para a laje que entrava mar adentro, para as estrias de rochas que faziam aquele pedaço de Mundo, aquele cantinho de costa "secreto" um dos seus locais preferidos para simplesmente "estar".
Pegou nele mesmo, vestiu o impermeável completo, as botas de neoperene, agasalhou-se para tornar o frio gélido matinal algo mais justo de se enfrentar, e agarrou na vara de spinning, carreto e mochila com as amostras...para dar justificação ao seu "estar" ali.
Concentrou-se no trilho íngreme e complicado, na descida da falésia, e fez-se ao caminho. Fê-lo sem pensar, todo o seu corpo e mente estavam concentrados no caminho, em por um pé aqui, outro ali...para evitar escorregar e outros dissabores de quem caminha com a cabeça..ou o olhar..no horizonte.
Minutos depois chegou ao fim, passou da terra batida para a rocha dura, de várias tonalidades e com mais tempo do que todas as gerações de Homens multiplicadas ao quadrado. Apreciou a monumental escultura que a Natureza tinha elaborado ao longo dos eons, faixas de rocha negra, cinza, laranja...uma paleta tão rica como a de qualquer pintor famoso.
Sentou-se.
Fitou o Oceano, tentou perceber a sua cor no dia de hoje, era de um azul profundo, salpicado pelos rebojos brancos que as vagas criavam ao rebentar na rocha, as ondas essas faziam muros de água, com uma cadência certinha que o deixava admirado.
"Perfeito" pensou para ele mesmo.
Tentava não pensar, tentava concentrar-se no "estar" ali e não pensar na má fase que estava a passar na sua vida, tenta não provar o grande dissabor que ainda teimava em amargar-lhe a boca.
Mas era-lhe difícil.
Lírico, era o que lhe chamavam.
Para ele não fazia grande sentido, pois para ele fazia-lhe confusão sim o não ser-se "lírico".
Dentro da sua cabeça "Porquês?" giravam mais rápido que a água escoava pelos caneiros fora quando as ondas recuavam...
Porque é que nos entregamos e depois, como recompensa, nos deixam? Porquê?
Porque é que o Amor, o que ele mais prezava, mais uma vez o desiludiu?
Doía-lhe pensar, e doía-lhe ainda mais sentir. Irritava-o até a frieza da grande maioria das pessoas, irritava-o o facto de trocarem afecto e preocupação por fraqueza.
"Se amo entrego-me, se me entrego mostro o que realmente sou, se mostro o que realmente sou, sou eu, mas porque é que se cansam sempre disso?" Essa ideia martelava-lhe o juízo, essa equação tão simples de momento parecia impossível de se resolver.
Porque é que é tão difícil ser-se, viver, sentir?
Ao mesmo tempo que todas estas ideias zumbiam com faíscas dentro do seu âmago, tenta abstrair-se delas e concentrar-se no Mar...
Abriu a caixa das amostras.
Mirou-a a por momentos pensou.
"Azul...hm...vai mesmo esta". Armou a amostra deu uns passos na direcção do Mar, e fez o primeiro lance.
"Porquê...? Que é que eu fiz de errado.."
O mesmo pensamento, o mesmo eterno pensamento de todos aqueles que são "líricos" assaltava-lhe o espírito...
Começou a achar-se um pouco obsessivo até, sozinho no sítio onde a Terra acaba e o Mar começa sorriu da sua própria depreciatividade para com ele mesmo..
Olhou para a direita e viu um recanto nas rochas, formava uma espécie de baía, uma enseada...um porto seguro natural, onde a água era calma, ao invés do mar bruto e agreste que se fazia sentir fora daquele pequeno lugar.
"Gostava de encontrar o meu Porto Seguro" pensou para com ele mesmo...
Uma onda de enchio quebra-se a poucos metros dele, dando-lhe um banho, e um susto.
A água, estranhamente quente fê-lo perceber que não, não estava num porto seguro, e se, esse realmente existir ainda não o encontrou.
"Onde vou buscar eu forças para procurar?"
Entre questões puxou mais um lançamento, na esperança que a ânsia e a dor fossem embora com o movimento, atiradas mar adentro.
Mas não foram.
Enquanto lutava contra memórias, contra momentos bons e maus que colidiam dentro de si, tentava concentrar-se no recolher da amostra...mas não se conseguia abstrair o suficiente.
"Porquê...?Eu entrego-me porque é que não sou correspondido...!"
Versos de várias músicas vinham-lhe à cabeça, poemas improvisados e criados no momento, mil e uma maneiras diferentes de explodir e dizer ao Mundo que ele era o que era.
Chegou à conclusão que era um poeta, não por escrever, não por ter esse dom.
Mas porque sentia, porque sentia bem demais.
Sentia aquilo que nem todos conseguem sentir, aproveitou o momento de iluminação e sentou-se, fitou o tal Horizonte, durante aqueles momentos nada mais lhe intressava....
Ele era ele mesmo, ele decidiu-se, a custo, a encontrar o seu Porto Seguro.
Decidiu tirar lições das más experiências, e guardar numa caixa de boas memórias os bons momentos da sua vida até então.
Com custo, com bastante custo mas tomou a decisão, sozinho, com a Natureza como testemunho...que iria ser feliz, que algo de bom estava guardado para si, teve fé e acreditou com todas as suas forças.
Bebeu um gole de água salgada, como que uma força de agradecer ao Mar a ajuda que lhe tinha dado, ele que sempre esteve presente, onde tudo começa e tudo acaba...
Aquele lugar, o propósito de estar ali, fez sentido.

...O Rapaz, por dentro, fez-se um Homem.

Ele é um lírico, e tu também o és...viverás no mesmo poema?

Até à próxima Maré Alta!

Russo

sábado, 26 de janeiro de 2008

Para mim



I can hear my train comin'
It's a lonesome and distant cry
I can hear my train comin'
Now I'm runnin' for my life
What makes a man walk away from his mind?
I think I know
I think I might know
I can feel the wind blowin'
It's sending shivers down my spine
I can feel the wind blowin'
It shakes the trees and the power lines
What makes a man spend his whole life in disguise?
I think I know
I think I might know
I think I might know
I think I might know, oh oh
I can see the sun settin'
It's casting shadows on the sea
I can see the sun, it's setting
It's getting colder, starting to freeze
What makes a man want to break a heart with ease?
I think I know
I think I might know
I think I might know
I think I might know, oh oh
Well I can hear my train comin'
Looks like time is not on my side
Well I can hear my train comin'
I'm still runnin' for my life
What makes a man pray, when he's about to die?
I think I know
I think I might know
I think I might know
I think I might know, oh oh, oh oh
I think I might know
I think I might know, woah oh

By Greg

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Agora

Implode
Cá dentro
Este sentimento de negrume
De breu
De algo que me magoa e que é mais do que eu

Será ódio?
Dor?
Pânico, ansiedade ou puro terror
De quem está vivo e é obrigado a viver
E se apercebe de quão violenta e injusta a vida pode ser

Uma nesga de luz vespertina passa entre os estores
Apaga-se lentamente sem saber
Que amanhã é outro dia
Sem saber que voltará a iluminar

Entretanto morre e sofre, e é mesmo assim
É assim a vida
Nesta Terra que teima em girar....




Ass: Russo

domingo, 13 de janeiro de 2008

"Tá de pé!!!!!!!!"

-"TÁ DE PÉ!!!!!!!!!"

Uma frase que ouvi, tanto eu como os meus colegas quando fomos praxados....por vezes não nos apetecia levantar...mas nós tinhamos que nos levantar....porque é mesmo assim, e porque se fizessemos esse esforço iriamos acabar por nos divertir mais qualquer coisa...

De momento o mesmo se passa comigo, não me apetece, mas tem que ser, e a cada dia que passa levanto-me um pouco mais, e saboreio os raios de Sol que o dia tem para me oferecer, ou os pingos de chuva que me despertam...mas nego, digo não, ao "não estar", ao fugir dos problemas e não seguir em frente, estou, e sou, volto a ser eu.

Como sempre, conto com um grande aliado.....o meu eterno companheiro de horas felizes e díficeis....o Mar, local onde tudo começa, local onde tudo acaba...e onde tudo recomeça ;)



Até à próxima Maré Alta!

Ass: Russo